As oito horas, chega o carro em que se encontram Luis XVI e seu confessor, Edgeworth de Firmont, um padre que havia se recusado

As oito horas, chega o carro em que se encontram Luis XVI e seu confessor, Edgeworth de Firmont, um padre que havia se recusado a prestar juramento durante as mudanças no estatuto do ciero, em 1790. Foi ele que recebeu a última confissão de Luís XVI na prisão e lhe deu a absolvição. Ao longo do trajeto entre a prisão do Temple e a Praça da Revolução, o rei lê a oração dos agonizantes, demonstrando calma impávida. Quando o carro aparece na frente das Tulherias, é sempre com a mesma calma e voz segura que o rei diz ao abade Firmont: Chegamos, se não estou enganado. Com um nó na garganta, o padre não consegue responder e se limita a fazer um sinal de assentimento. O frio glacial não parece afetar Luis, que desce do carro vestindo uma camisa, um casaco costurado em forma de colete, e calças cinza. Quando o carro chega, a multidão se cala bruscamente. É como se, diz León, envolvidos pela grandiosidade do evento, aqueles homens e mulheres que esperavam havia horas, tivessem sido, instantaneamente, tomados pela estupefação. O silêncio que acompanha o rei em sua descida do carro se assemelha a uma homenagem solene. Se alguém tivesse gritado Viva o reil Naquele momento, teria sido preso imediatamente. Mas este silêncio ressoa bem mais alto em meus ouvidos do que qualquer aclamação. Prevenido por algum instinto secreto, este povo, que há meses humilha publicamente o seu rei, compreende que vai assistir a um momento crucial da História da França, e

Que o sacrificio de Luís é o prelúdio de uma sequência de acontecimentos que ameaçarão a existência do país", (DUFRESNE, Claude. Meu tataravo assistiu à morte de Luís XVI.] a) Descreva o contexto histórico de que se trata b) Por que o acontecimento descrito "é a preludio de uma sequência de acontecimentos que ameaçarão a existência do país":

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